Amo o pobre, deixo o rico,
Vivo como o tico-tico.
Luís Gama
- Nemo é nome de peixe -
Esboça em sua sabedoria
A menininha para este velho
E miserável poeta.
Digo-lhe em minha sapiência
Ganha a duras penas
Das traças das bibliotecas:
- Houve tempo, no tempo de Nero,
No tempo em que nossa língua
Nem existia e Portugal ainda dormia,
Que "nemo" significava ninguém.
- Mas, como alguém pode se chamar ninguém!?! -
Duvidou a infantil mocinha, fã de desenhos animados.
- Qualquer pessoa pode se chamar ninguém.
E garanto: ser nemo na ordem universal
É nosso estado absolutamente natural!
A infanta me olhou, franziu a testa e emendou:
- Nemo bobão!
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