Em África, um menino à fome sorriu-me,
Deu-me de graça a única graça que tinha.
Nele nada poderia ser oferecido além dos ossos
Somados ao miserável sorriso que lhe fazia humano.
(Nunca tive tanta vergonha de pensar-me humano).
- Deus meu, vi ali uma caveira sorridente,
Feliz porque adivinhava próximo o próprio fim.
Ali, a morte significava esperança
E sorrir parecia ser a última prece.
Um comentário:
"E sorrir parecia ser a última prece"
Belo, humano e comovente...
Luz
Ana
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