quinta-feira, 18 de abril de 2013

Das imensidões


Arrasta aí uma cadeira véia
Porque minha história é grande
Enquanto passo café,
Favor é me escutar, compadre
Sei a razão. Tamo neste mundão
Nessa coisa doida, adescobri disdontem
Prá modo de olhar a noite estrelada
E esses trecos que são maior que nós
Imagina compadre...
-- Não tem açúcar, mas pode tomar o café, é fresco --
... Imagina ser tão grande e espichado desse jeito
Como esse Universo sem fim, essa imensidão,
Sem ter uma única criatura, um zé qualquer
Para lhe admirar, para o sujueito se sentir igual formiga
Seria um desperdício, compadre, uma judiação...
Grandeza carece de admiração, de bem querer
Vai mais café... É bão barbaridade, compadre!

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