quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Vento no milharal

Tua voz é tão suave quanto o assoviar
De calmo vento sobre a palha do milharal,
É a calma que o meu peito vem logo acalmar,
Música terna, sopro leve, brisa terral.

Tua voz é meu preguiçoso acordar matinal,
Suavidade que dita novas formas de amar.
Amo esta voz que tem o som das ondas do mar,
Música terna, sopro leve, brisa terral.

Amo ver-te a cantar só, tímida e distraída,
Suave canto, acalanto do sono dos anjos,
Balanço que embala desejo de vida.

Por isso peço aos céus este último arranjo,
Que, ao morrer, eu tenha como despedida
Uma oração doce, na doce voz de meu anjo.

Nenhum comentário: