Mas, carece sentir o gosto
Passar por esses ermos
E não experimentar
As truculências das paixões
Suas doçuras e amargores
Mesmo daquelas que terminam
Antes de se darem tempo
É tal e qual ver um rio
Sem nunca dele beber
Sem nunca nele nadar
Sim, há as corredeiras
Os abismos das quedas
Apois, há também o prazer
Daqueles de tardes quentes
Em que a fresca água
Deixa o cabra tão satisfeito
Que o sujeito começa a matutar
Que de nada adianta um rio
Somente em imagem nos olhos
Só se entende um rio dentro dele
Para dele se matar a sede.
Nenhum comentário:
Postar um comentário