Olho para o calendário
Para as calendas de Novembro
E vejo dos deuses as minhas medidas
Ínfimas em arábicos números
Marcam aquilo que hei vivido
Aquilo que não vivi também
Quantas tolices
Quanta energia jogada fora
De tudo que fui
E na parede branca e mofada
E sobre a mesa de pernas soltas e tortas
Para as calendas de Novembro
E vejo dos deuses as minhas medidas
Ínfimas em arábicos números
Diante de tantos infinitos
Marcam aquilo que hei vivido
Aquilo que não vivi também
Quantas tolices
Quanta energia jogada fora
De tudo que fui
E na parede branca e mofada
Eis o que sobram, eu e as horas
Presos numa folhinha de farmácia
Presos numa folhinha de farmácia
E sobre a mesa de pernas soltas e tortas
O meu horóscopo que não deu certo
Como previa o infalível oráculo escrito
Como previa o infalível oráculo escrito
No Almanaque do Biotônico Fontoura.
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