Vejo de novo as crianças trucidadas,
Mortas no solo sagrado palestino
À sombra da igreja, templo e sinagogas.
São cenas de terror ou apenas cenas
Para lembrarmos de tua ira e grandeza,
Ou para mostrarem nossa crueldade
Tão grande quanto de ordinário assassino?
São cruéis teus caminhos e mistérios,
Que toda fé não resiste e sucumbe
No sangue desses inocentes meninos.
Vamos à guerra em teu nome, bom Deus!
No matar - tolice! - não somos covardes!!
No matar somos, em verdade, teus filhos!!!
I
Terra de homens e santos,
Sagrada, purificada,
Santificada por teus mártires,
Levanta teu véu para chorar,
Sagrada, purificada,
Santificada por teus mártires,
Levanta teu véu para chorar,
Levanta teus olhos e vê:
De tuas fontes brota o sangue
Do terror, da dor e morte.
Não escondas mais teus crimes!
De tuas fontes brota o sangue
Do terror, da dor e morte.
Não escondas mais teus crimes!
Todos já sabem da infâmia
Ocultada pelos teus muros,
Outrora sólidos, firmes
E hoje finas cascas de vidro.
Ocultada pelos teus muros,
Outrora sólidos, firmes
E hoje finas cascas de vidro.
II
Ó Israel! Ó vil lugar
Da discórdia e do pecado;
Em nome do que é sagrado,
Hipócritas, despi-vos do véu!
Da discórdia e do pecado;
Em nome do que é sagrado,
Hipócritas, despi-vos do véu!
Mostrai que vosso Deus é a paz,
Mostrai que vosso Deus é a vida
Tão sagrada quanto a terra
Que vossos imundos pés pisam.
Mostrai que vosso Deus é a vida
Tão sagrada quanto a terra
Que vossos imundos pés pisam.
Soem as trombetas agora,
Mostrem a carnificina
E que os céus nunca perdoem
Estas torpes iniquidades.
E que os infernos recebam
Os animais que usurpam
O Santificado Nome
Para matar a inocência.
Os animais que usurpam
O Santificado Nome
Para matar a inocência.
3 comentários:
"Ó Israel! Ó vil lugar
Da discórdia e do pecado;
Em nome do que é sagrado,
Hipócritas, despi-vos do véu!
Mostrai que vosso Deus é a paz,
Mostrai que vosso Deus é a vida
Tão sagrada quanto a terra
Que vossos imundos pés pisam.
Soem as trombetas agora,
Mostrem a carnificina
E que os céus nunca perdoem
Estas torpes iniquidades.
E que os infernos recebam
Os animais que usurpam
O Santificado Nome
Para matar a inocência."
Todo o poema é belíssimo, mas em especial essas duas últimas estrofes, me arrepiaram por dentro. Pura emoção!
Obrigado Luiza. Vou criar um link da tua página no blog, caso tu permitas, é claro!
Claro poeta. Obrigada!
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