Sempre faço cópias
Dos meus escritos
Em folhas de papel
E uso para tal
A não tão habitual
Caneta esferográfica,
Uma grande tecnologia
Do século passado
E hoje quase esquecida.
É que tenho medo
De uma revolta eletrônica,
De uma greve dos elétrons,
Esses novos escravos
Que são obrigados
A guardar nossos
Pensamentos e afazeres
Em memórias chipadas,
Guiados por vias de cobre.
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