Meu jardineiro está louquinho.
Encosta-se no muro, quieto
E depois dana-se a conversar
Consigo mesmo, com o ego seu.
Ele coloca a mão no rosto,
Pensa e planeja em voz alta
A próxima tarefa no jardim,
O próximo desatino em flor.
À medida em que se dana,
Dá vida ao que não floresceu;
Morre ao dar vida às plantas.
Meu jardineiro ficou louco,
Porque seu antigo amor
Floresce em terras defuntas.
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