Volto do centro da cosmopolita Curitiba. Lá, chuva de barril, brigas de guard'águas sob as marquises, chineses nas lanchonetes, coreanos nas lojas em noite antecipada. Ao largo, no bondinho, peregrinos argentinos se cobrem com a própria bandeira. E uma das gringas resolve acabar com a minha poesia da tarde, ao pedir-me a indicação de um lugar para mijar nos banheiros públicos que Curitiba não tem. Mostrei a ela a direção de um bar, daqueles fedorentos que temos na Rua XV. Com vergonha de mim mesmo, fico a pensar no penar daquela bela criatura ao encontrar no sanitário boiante figura toroidal. Ah, como poderia ter explicado à hermana que, por herança cultural e imposição da Prefeitura, o pudico curitibano somente mija e caga se for no conforto residencial!?!
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