segunda-feira, 8 de julho de 2013

Trem das dez

O trem das dez acaba de passar
E o maquinista não economiza apitos
Mas não o alcanço
Agora é esperar o trem da onze
Que vai inevitavelmente para Jaçanã
Quero ver Adoniran e o Arnesto 
Nas noites paulistanas, lá no Brás
Junto a uma casa velha, um palacete assobradado
É aí sou moço, que vive nosso povo
Convidado para uma festa inexistente
De ovo e arroz na marmita
E às vezes, só com a marmita.

Nenhum comentário: