sexta-feira, 19 de julho de 2013

Poesia tímida

Num tempo que vai na memória enevoado
Mas, em aguda dor peito guardado
Em arrependimento e desgosto
Ainda vejo sob a lindeira da janela
Ela, linda e olhadeira, a mais bela
Que meu coração fazia cantar
Essas coisas de paixão verdadeira
Passava ali várias vezes
E a moça sob a lindeira da janela
Todas as noites se bem me lembro e sei
Jamais ouviu o meu canto abafado
Que na juvenil garganta de poeta
Morreu de timidez e engasgado.

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