Quando te vi cruzar o limiar doutro incerto mundo
Atravessar a fronteira do que vive e do que já morreu
Quis tirar meus olhos com as mãos ali mesmo
Pois nada me interessava no sozinho que me obrigavas
E quando na dura tábua da urna bateu a primeira pedra
Dos terrões dos coveiros desatentos e lerdos
Quis, por Deus quis, atirar-me sobre ti em desespero
Era final de tarde e sob uma árvore de solidão
Tu repousavas sob todas as minhas primaveras
Ali fiquei velho num instante, ancião que perdeu o rumo
A olhar aquela gente em tua despedida última
Condenado que estava a ser morto em vida
Amante da flor que nunca mais floresceu.
Atravessar a fronteira do que vive e do que já morreu
Quis tirar meus olhos com as mãos ali mesmo
Pois nada me interessava no sozinho que me obrigavas
E quando na dura tábua da urna bateu a primeira pedra
Dos terrões dos coveiros desatentos e lerdos
Quis, por Deus quis, atirar-me sobre ti em desespero
Era final de tarde e sob uma árvore de solidão
Tu repousavas sob todas as minhas primaveras
Ali fiquei velho num instante, ancião que perdeu o rumo
A olhar aquela gente em tua despedida última
Condenado que estava a ser morto em vida
Amante da flor que nunca mais floresceu.
Um comentário:
Nandé, tão triste que acabei chorando.
Muita Luz!
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