Na manhã fria caminhava leve
Era da paisagem a composição
Via ao longe outras terras
A serem alcançadas com o coração
Ao redor, um campo belo
Com árvores solitárias aqui e acolá
Desfolhadas por duro Inverno
Geadas que as fizeram descabelar
E os sons sumidos dos outros lugares todos
Se juntavam ao seu calado silêncio
Num coro de anjinhos gordos e rosados
A entoar canções, a cantar com o vento
Na cadência de seus ordinários sapatos
Coisa que só a brisa entende
Felicidade, talvez, agonia, talvez
E certamente, calmarias e tempestades
E seus pés cansados de vira-mundo
Se colocavam um após o outro
No caminho incerto e desrumado
Andar, andar... Seus pés pediam
Porque é isso que lhes dá sentido
Na insana busca pelo perdido
E muito mais do que isso
Na procura do que está dentro de si
E que vai sempre para adiante de si
Numa brincadeira de pega
Que nunca acaba
As ideias de si, aquelas que nos contam
De nossas misérias e real condição
São fugidias, fujonas à luz do dia
E por mais que o andarilho as persiga
Por mais forças que coloque nas pernas
Mais elas de si se distanciam
Mais para o fundo do mundo
Na bocarra que a tudo engole
Além do horizonte não alcançado
Elas se embrenham e se acodem.
Era da paisagem a composição
Via ao longe outras terras
A serem alcançadas com o coração
Ao redor, um campo belo
Com árvores solitárias aqui e acolá
Desfolhadas por duro Inverno
Geadas que as fizeram descabelar
E os sons sumidos dos outros lugares todos
Se juntavam ao seu calado silêncio
Num coro de anjinhos gordos e rosados
A entoar canções, a cantar com o vento
Na cadência de seus ordinários sapatos
Coisa que só a brisa entende
Felicidade, talvez, agonia, talvez
E certamente, calmarias e tempestades
E seus pés cansados de vira-mundo
Se colocavam um após o outro
No caminho incerto e desrumado
Andar, andar... Seus pés pediam
Porque é isso que lhes dá sentido
Na insana busca pelo perdido
E muito mais do que isso
Na procura do que está dentro de si
E que vai sempre para adiante de si
Numa brincadeira de pega
Que nunca acaba
As ideias de si, aquelas que nos contam
De nossas misérias e real condição
São fugidias, fujonas à luz do dia
E por mais que o andarilho as persiga
Por mais forças que coloque nas pernas
Mais elas de si se distanciam
Mais para o fundo do mundo
Na bocarra que a tudo engole
Além do horizonte não alcançado
Elas se embrenham e se acodem.
Um comentário:
Nandé você que é o sábio das letras,me fale que palavra posso usar para dizer da minha admiração dos seus poemas, "lindo" não me parece a palavra certa nem justa.
Luz Ana
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