Não. Não quero falar da eternidade
É preciso muito tempo para falar da eternidade
E o tempo me é caro.
Penso tantas coisas
E estas coisas, por certo,
Um dia pensaram-me.
Lá fora o instante, o momento,
Derrete-se nas escuras paredes
Dos prédios e escorre pelas ruas.
Lá fora é cinza,
Cá dentro sou cinza.
Sendo assim,
Meu peito se faz tábua estreita,
Tal e qual a do velho e bom Graciliano.
Por isso,
Escrevo barbaridades
E sonho tonalidades escuras.
Para manter esta tábua estreita,
Em que escrevo, já disse e fiz doidices.
Não quero discutir o eterno
E nem vou fazer o que devo fazer.
"Pela tábua estreita?", pergunta-me.
Sim, porque o tempo me é estreito.
É preciso muito tempo para falar da eternidade
E o tempo me é caro.
Penso tantas coisas
E estas coisas, por certo,
Um dia pensaram-me.
Lá fora o instante, o momento,
Derrete-se nas escuras paredes
Dos prédios e escorre pelas ruas.
Lá fora é cinza,
Cá dentro sou cinza.
Sendo assim,
Meu peito se faz tábua estreita,
Tal e qual a do velho e bom Graciliano.
Por isso,
Escrevo barbaridades
E sonho tonalidades escuras.
Para manter esta tábua estreita,
Em que escrevo, já disse e fiz doidices.
Não quero discutir o eterno
E nem vou fazer o que devo fazer.
"Pela tábua estreita?", pergunta-me.
Sim, porque o tempo me é estreito.
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