quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Saudade

Por mais que se tente ter no coração
A negação do lusitano sentimento,
Daquilo que vai no peito guardado,
De modo que a vida pareça ilusão,
Ou uma coleção de tolos momentos,
Não há como se livrar do vento,
Que tira o pó da memória
E expõe da dor o atrevimento.
Por isso, canto e digo por todo canto.
Que não há caminho no peito,
Que não dê em triste lembrança,
Tão triste e de tristeza feita,
Que lhe damos outro nome,
A juntar silêncio e ausência:
Apenas Saudade, Saudade apenas.

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