terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Primavera

É madrugada
E a poesia não dorme
Os corações não dormem
E a solidão é insone

É noite fria
E as estrelas
Lançam seus raios-estalactites
Na direção de minh'alma
(mais fria que o frio curitibano)

É Primavera
Os vasos avisam
As flores nascem
Gerânios, gardênias
Jasmins...
Os vasos transbordam
E meu coração congela-se.

As flores nascem
E eu em cada pétala
Penso um poema.

Chope preto
Noite clara
Conversas... risos...

E eu rabiscando
De olhos fechados
Teu rosto
O teu retrato
Num guardanapo de papel.

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