quinta-feira, 9 de junho de 2011

O amanhã dos amantes


Tu me perguntas de quando o Sol raiar...
Como vai ser, o que há de ser?...
Calado, nego resposta,
Porque não sei resposta.

Sei apenas do hoje,
Deste momento singular,
Que a Sorte inveja
Pronta para tomá-lo
Em seus perversos braços.

Somos os bonifrates da Fortuna
E ela me deu agora esse grande prazer
De estar contigo, de saber-te.
Amanhã? Amanhã?
Marionetes não são conscientes
Do próximo passo,
Do puxar do barbante e do cadarço.

Para os amantes, o que está por vir
É tão incerto. É tão inexato.

Importa, querida e amada,
Este minuto que transformamos em eterno
E não há o amanhã naquilo que não tem extremidades.
Nele, tudo é o agora e com intensidade.
Sejamos pois, intensos em carne e alma no amor,
Porque pode ser breve esta pequena eternidade.

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