quarta-feira, 15 de junho de 2011

O negro que te veste


Tu vieste de negro vestida
De negro como os mistérios da noite

A Lua
Era branca no branco nu do teu colo
Prata na prata de tua pulseira e anel
Deste-me teu misterioso beijo
E amaste-me em profundo enigma
Por sete dias assim ficamos
Eu a te decifrar
E tu me decifrando
Depois, foste como vieste
Com a mesma veste
Com as mesmas luzes em reflexos
Estilhaçando minh'alma
Tão sem gosto e incolor
Entre teus dentes.


Um comentário:

Ana Coeli Ribeiro disse...

Belo poema..
Luz
Ana