Já não andamos pelos mesmos caminhos
Tu vais por sendas do concreto armado
Das coisas físicas e tão sem sentido para mim
Eu vou pelas trilhas do imaginário
Que me permitem parar às vezes
Para projetar coisas que não são
És contente com essa realidade inventada
- Com este viver artificial que chamas real -
E sobre tal escolha, nada, nada posso fazer
Vai! A mesma sepultura destinada a mim
Também te espera. Não importa a vereda
Estamos condenados a terminar concretados
Posto que o fim é o mesmo, igual a todos
Por que seguir o rumo de triste paisagem
Se a paisagem do sonho é a que se faz bela?