quarta-feira, 29 de junho de 2011

A bela paisagem


Já não andamos pelos mesmos caminhos
Tu vais por sendas do concreto armado
Das coisas físicas e tão sem sentido para mim

Eu vou pelas trilhas do imaginário
Que me permitem parar às vezes
Para projetar coisas que não são

És contente com essa realidade inventada
- Com este viver artificial que chamas real -
E sobre tal escolha, nada, nada posso fazer

Vai! A mesma sepultura destinada a mim
Também te espera. Não importa a vereda
Estamos condenados a terminar concretados

Posto que o fim é o mesmo, igual a todos
Por que seguir o rumo de triste paisagem
Se a paisagem do sonho é a que se faz bela?

5 comentários:

Ana Coeli Ribeiro disse...

"Se a paisagem do sonho é a que se faz bela" Maravilhoso amigo! Temos que penetrar na paisagem e sonhar.Não é?
Luz
Ana Coeli

Prof. José Fernando disse...

A viagem é penosa, mas a paisagem é magnifica! Não acha?

Ana Coeli Ribeiro disse...

Acho que quero permanecer sempre na paisagem...
Lua

Prof. José Fernando disse...

Ana, farei uma revelação terrível, coisa para o resto da vida. Tu caminhas pelo vale da poesia. Sem salvação, tu serás a eterna paisagem que observa quem passa! Isso não é vaticínio, é a descrição do belo caminho que escolheste e que muita gente nunca vai entender!

Ana Coeli Ribeiro disse...

Nossa amigo,sua revelação terrível me tocou muito, mas será que tenho mérito para tanto? "tu serás a eterna paisagem que observa quem passa!" Só quem escreve com tanta beleza pode entender.Não é?
Luz
Ana