Ah! Esses amores que julgávamos esquecidos
E que, inopinadamente, nos tornam à mente
Em arrepios, em indecências, em arrependimento...
Ah! Esses amores que ficaram pela vida
Aguardando, quem sabe, novo tropeço neles mesmos,
Um novo começar sempre adiado pelo medo:
São teimosos e nos fazem cativos
De um desejo falsamente não desejado,
De quem guardamos sempre e sempre
O último beijo - impudico e roubado.
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Ilustração: Manet, 1857
3 comentários:
"Ah, esses amores que julgávamos esquecidos.."
Lindo!
Luz
ana
Ana, você é sempre muito gentil! Havia publicado sem revisar a pontuação, creio que agora ficou mais cadenciado!
Ah, amigo, quem manda escrever coisas tão lindas, adoro vir aqui.
Luz
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