quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eudóxia Macrembolitissa, ou simplesmente Dó

É claro meu amor e caminho,
Eudóxia Macrembolitissa,
Que um dia vou fazer para ti
Um poema tão grande quanto teu nome.

Se não o faço, não é porque não quero,
É por culpa de teus pais,
Que copiaram teu exótico
E impossivelmente doce nome
Daquela grande regente bizantina,
Que jurou ao marido,
Quando ele morria,
Que jamais se casaria novamente.

Porém, Eudóxia Macrembolitissa
Nem esperou esfriar o defunto
Constantino, a quem dera sete filhos,
E com Romano se casou.

Mas, eis que a Fortuna espreita-nos
E por ter feito desfeita à Morte,
Eudóxia Macrembolitissa
Terminou seus dias
Num convento de freiras.

Mas o que eu queria te dizer,
Eudóxia Macrembolitissa,
É que por força de rima e métrica,
Vou fazer um soneto para ti,
Bizantino, cheio de voltas.

Entretanto, reduzirei teu nominho,
Eudóxia Macrembolitissa,
Com muito carinho, é claro,
Para o simples e terno Dó,
Que rima com meu xodó,
Dó, Dozinha, no poema só!

Um comentário:

Virginia Finzetto disse...

Muito bom, Zé!
Linkei seu blog ao meu.
Beijos