Tu me falas de urgências...
Sim, minha hora é urgente,
Meu penar sobre os versos é urgente
E pede todos os silêncios
Contidos na falta de urgência.
Os silêncios da coisa eterna,
Os silêncios glaciais que devo derreter
E colocar em forminhas
Para ganharem forma.
Urgente, minha amada,
É ter teu coração batendo aqui, comigo,
Pois quero entendê-la
Em plenitude e verdade.
Não te quero apenas de forma vulgar e urgente,
Quero ter as tuas dores e alegrias em mim.
Quero de ti
A outra escondida em ti e silenciosa,
Inteira, plena
Nas urgências que minhalma pede.
Urgente agora é parar o vento
Que, neste momento, em silêncio sopra
E ameaça levar junto com ele
A última folha verde desta árvore morta.
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