Nunca aprendi a conviver com a distância,
Odeio apartar-me do que gosto;
Antigamente, quando o distanciamento era grande,
Eu sangrava as saudades com uma carta
Ou, se tivesse dinheiro - porque dizer "alô" era caro -
Fazia interurbano, mandava telegrama,
Sinais de fumaça e batuques de índio americano.
Hoje tenho facilidades instantâneas,
Mando e-mails, deixo scraps,
Faço o diabo no Twitter, Facebook e Skype.
Mas creio que nada disso modifica
Essa minha louca vontade pré-histórica
De sentir o tremor de teu corpo
Quando de leve te mordo a língua!
2 comentários:
"Eu sangrava as saudades com uma carta"
Tempos modernos e vontade pré-histórica, humana... Mas nada subistitui uma carta, não é?
E pensar que tinha que levar ao correio e esperar uns 20 dias para a resposta!
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