Passei do tempo das descobertas
Embora de roupa nova, de pano importadoCertas coisas aparecem-me
Com cheiro de naftalina
Com novos arranjos
A velha trama romântica
Em livro fresco, de tinta fresca
O lixo literário reciclado
O lixo musical recicladoO lixo de nossos dias
Cada vez mais lixo
Cada vez mais imprestável
Até mesmo minha revolta sorrelfa
Está de vestido novo, dissimulada e sonsa
Vestia-se de trapo quando menina
Hoje, apresenta-se teórica
Com justificativas
E nas lantejoulas, o orgulho das bestas
Que se intelectualizaram.
Um comentário:
"E nas lantejoulas, o orgulho das bestas que se intelectualizam"
Nossa amigo! Sua revolta sorrelfa me fez pensar muito. No lixo dos nossos dias, sua revolta tece uma bela roupa de puro linho branco.
Luz
Ana
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